Recentemente os elementos vazados voltaram à moda, sendo até mesmo considerados a “nova velha” tendência de arquitetura do século XXI. E eles continuam se reinventando, ganharam um novo incremento que melhora seu uso: capacidade de proteção acústica.
A USP realizou grandes pesquisar de arquitetura, e os elementos usados para iluminar e ventilar ambientes fechados passaram por mudanças nos últimos anos, com formas de bloco que lhes garantiram a capacidade de isolamento acústico potente. Para se ter uma ideia, essa capacidade se assemelha a de paredes fechadas de alvenaria.
O material não mudou, mas o formato total dos blocos foi alterado. Pequenos desvios foram acrescentados e o ar passa entre eles, dificultando de forma geral a propagação de ondas sonoras geradas por fenômenos físicos, como a difração.
Segundo Bianca Carla Dantas, que conduziu o experimento na universidade, a entrada e a saída de ar mudaram de posição, alterando a direção e diminuindo o nível total de intensidade sonora, que agora é absorvida pelo material do bloco. A partir daí houve uma sobreposição de ondas sonoras construtivas e destrutivas, capazes de inserir o material absorvente nos elementos e por fim, atenuando o nível de ruído.
Os testes relevaram o melhor desempenho dos blocos nas médias e altas frequências. Quando submetidos a 800 hertz, a redução máxima foi de até 37 decibéis, se assemelhando muito a uma parede de alvenaria, que reduz em até 45 decibéis.
Agora os experimentos devem continuar com a fase de registros de patente, prosseguindo com os estudos e adotando novos materiais para a produção de elementos vazados.
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